sábado, 31 de maio de 2014

Diretas....


"A bancada do agrotóxico no Congresso é muito forte e tem mais de 160 deputados. Ela barra tudo que seja contra o interesse dos ruralistas, contra o interesse do agronegócio e que combata os agrotóxicos. A ponto deles estarem tentando passar um projeto de lei que transforma o nome de "agrotóxicos" em "produtos químicos sanitários". Você tem um Congresso hoje, que está completamente dominado. Por outro lado, a bancada que defende a reforma agrária e o pequeno agricultor, que é o que coloca a comida na nossa mesa, é composta de mais ou menos 12 deputados", diz Silvio Tendler em entrevista à Caros Amigos sobre o documentário "O Veneno Está na Mesa II"; confira:http://migre.me/jo6Am
Há agroecologia sem feminismo?

Histórias como a de Josefa dos Santo Jesus, de 56 anos, deixam evidente a importância das mulheres na produção de alimentos saudáveis. Nesta entrevista, ela fala sobre "sua criatividade em organizar a populaç... Ver mais

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pedindo para Plantar

Francisca, agroextrativista e quebradeira de coco babaçu do Tocantins

A Expressão da Agroecologia na Amazônia

Oficina da ANA Amazônia, da Articulação Nacional de Agroecologia/Amazônia, no III Encontro Nacional de Agroecologia, Juazeiro-Bahia

Participaram mais de 50 pessoas, com inúmeros depoimentos de agroextrativistas, quebradeiras de coco babaçu, indígenas, quilombolas, movimento de mulheres, de como se vive a agroecologia na Amazônia, os modos de vida dos povos da floresta. 

Foi um espaço de troca de experiências de várias comunidades de todos os estados da Amazônia Legal, ressaltando a importância da valorização dos produtos nativos e saberes das comunidades e povos tradicionais. 

Desafios da agroecologia:
Rita Teixeira, do Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA), da Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia (RMERA) e GT Mulheres da ANA ressaltou as ameaças ao avanço da agroecologia nos últimos anos, os grandes projetos, a mineração. “Para a região do nordeste paraense é a extração de pedra e areia, o dendê, o eucalipto, que está imprensando as agricultoras familiares”, disse ela.
                                  Rita Teixeira do MMNEPA, da RMERA e do GT Mulheres da ANA                                            
Lembrou também das dificuldades das comunidades quilombolas onde o governo reconhece seus territórios, mas não agiliza a legalização, isolando essas populações do acesso a recursos públicos.
Em relação a comercialização, Rita recuperou que houve um grande avanço em experiências agroecológicas, com o incentivo a produção sustentável e a comercialização de produtos por grupos de mulheres acompanhados pelo MMNEPA e outros. Entretanto, ressaltou que a rigidez da legislação, principalmente para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), aumentou as dificuldades das mulheres comercializarem seus produtos, principalmente mel de abelha e polpas de frutas, em função de dificuldades de atuação do serviço de inspeção municipal e da vigilância sanitária nos municípios. 
Citou as dificuldades dos grupos de mulheres informais em acessar recursos públicos. Lembrou que houve uma iniciativa em nível de PAA para Chamada Pública para grupos informais, mas que está paralisada com as mudanças na equipe da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) recentemente.  
Para Rita, o resgate da origem, dos costumes, saberes, cultos, cantos, danças, a cultura das comunidades tradicionais faz a juventude vir para a agroecologia, “porque agroecologia é isso, é todo um contexto. Não são ações isoladas”. 
Para ela, os intercâmbios de experiências entre agricultores e agricultoras familiares, agroextrativistas, pescadores e pescadoras faz com que a agroecologia se multiplique ano a ano na região.


Veja depoimento de Francisca, agroextrativista do Tocantins, faz um apelo para o plantio de espécies nativas do Cerrado para enriquecer as nossas matas. "Nós temos que trocar sementes de pau pra nossas matas porque tem lugar que não mais.Tem lugar que não tem o bacuri, tem lugar que não tem a faveira, tem lugar que não tem o pequi, o muruci...".



Desta Oficina saíram indicativos para a Carta Política do III ENA:
1. Reconhecimento e visibilização das práticas 'agroecológicas e sustentáveis' dos Povos e Comunidades tradicionais como referência para a produção agroextrativista na Amazônia;
2. Intercâmbios culturais e de saberes para fortalecimento das comunidades camponesas, quilombolas e indígenas como instrumento para conseguir impedir a entrada na Amazônia das sementes transgênicas e híbridas, dos agrotóxicos e da lógica industrial, forma extremamente agressiva de produzir que vem ameaçando comunidades e o meio ambiente.
3.Assistência técnica adequada para as comunidades tradicionais e acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com fiscalização sanitária apropriada as comunidades;
4. Garantia da regularização dos territórios indígenas e quilombolas.


Por Vânia Carvalho, com base na sistematização realizada por Paulão Pestana - APATO (ANA Amazônia).




PLENÁRIA DAS MULHERES NO III ENA

PLENÁRIA DAS MULHERES: 'Sem Feminismo não há agroecologia'

Camponesa traz música de resistência
Liderança feminista do GT Mulheres da ANA

Mosaico de sementes crioulas nativas
Redes de Organizações de Mulheres

Marilene Rocha, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, depoimento das lutas e conquistas das mulheres no Baixo Amazonas


Fotos: Vânia Carvalho: FASE Programa Amazônia/Fundo Dema

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Momentos do III Encontro Nacional de Agroecologia, Juazeiro-Bahia



Campanha contra o mosquito transgênico, geneticamente modificado




Sistematização Visual da Instalação Pedagógica dos Territórios de Santarém e Belterra/Baixo Amazonas



Rosa Godinho 'mestre de cerimônia' na Instalação Pedagógica




Irlanda, dirigente da Casa Familiar de Belterra fala dos avanços na organização camponesa

Ivete Bastos, fala do avanço da soja e os impactos nas comunidades camponesas em Santarém e Belterra
Camponesa Agroecológica do Semiárido Sergipano fala da importância das cisternas de captação de água implantadas pela ASA para a permanência dos/as camponeses/as na região
Dança Indígena de Fortalecimento


Fotos: Vânia Carvalho: FASE Programa Amazônia/Fundo Dema

Acompanhe mais na página da ANA: http://www.agroecologia.org.br/



Que a terra seja índia e que os índios tenham terra (III ENA 2014)



Abertura do III Encontro Nacional de Agroecologia, realizado em Juazeiro (Bahia), de 16 a 19 de maio de 2014. 
Cerca de 2.000 pessoas de todo o Brasil participaram com seus saberes, camponeses/as, agroextrativistas, agricultores/as familiares, artesãos/ãs, indígenas, quilombolas, movimento de organização de mulheres, da economia solidária, agroecologistas, educadores/as, estudantes, pesquisadores que praticam a agroecologia.
JUBILEU DA TERRA (Roberto Malvezzi )
 Refrão: Jubileu da Terra é repartir o pão / É por os pés na Terra, é por as mãos no  chão. / É devolver a Terra, que é de cada irmão / Porque a Terra é do Senhor.
1. Nação dos Pataxós, Xukurus e Cariris / Tupis, Yanomamis, Hã-hã-hãs e Guaranis / Depois de tanto sangue, depois de tanta guerra / Que a Terra seja índia e que os índios tenham Terra.
2. E aos remanescentes de negros quilombolas / Enfim “Terra Brasiles” seja nossa seja vossa / Depois de tanto sangue, depois de tanta guerra / Que a Terra seja negra e que os negros tenham Terra.
3. Pequenos lavradores, posseiros e sem terra / Enfim, alcance o sonho de justiça e paz na terra / Depois de tanto sangue, depois de tanta guerra / Que a Terra volte ao povo e que todos tenham Terra.
Fonte: 'LIVRO DE MÚSICAS' do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA Brasil)  file:///C:/Users/V%C3%A2nia/Downloads/livro_de_cancoes_-_mpa-ba.pdf

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Rede de Mulheres Rurais da Amazônia no III Encontro Nacional de Agroecologia

Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia (RMERA) irá realizar a oficina 'Mulheres e a Agroecologia na Amazônia' dia 18 no III ENA.

Veja a programação no link abaixo:

http://app.flashissue.com/newsletters/827b421d3296ec5d649e168f10bdaa00f56edaab

Fundos Comunitários na Amazônia e a Agroecologia

'Fundos Comunitários na Amazônia e a Agroecologia’. Esta será a oficina que fomentará o debate sobre Fundos Comunitários que operam na Amazônia e sua incidência para a promoção da agroecologia e fortalecimento dos povos da floresta.
 A oficina será realizada durante o III Encontro Nacional de Agroecologia (III ENA), no dia 18 de maio em Juazeiro (BA). A Fase-Programa Amazônia/Fundo Dema, em parceria com a Fundação Ford, realizará a atividade.
Participarão universidades, institutos de pesquisa, organizações comunitárias e movimentos sociais.
A oficina pretende avaliar as experiências apoiadas pelos Fundos na Amazônia do ponto de vista da agroecologia, fomentar o debate sobre indicadores que qualifiquem as experiências na floresta amazônica como as iniciativas de ‘transição’ agroecológica e identificar os principais desafios para a evolução da percepção e práticas da agroecologia na região. Também pretende avançar na estratégia de integração dos fundos comunitários existentes na Amazônia e do fortalecimento da Rede ANA Amazônia.
 Público
Poderão se inscrever representantes de Fundos Comunitários, agricultores e agricultoras familiares, agroextrativistas, pescadores/as, indígenas, quilombolas, pesquisadores/as, estudantes, coordenadores/as de projetos, representantes do movimento de mulheres, representantes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), da Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia (RMERA) e da Articulação de Agroecologia da Amazônia (ANA Amazônia).

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Urumari Vivo



AUDIÊNCIA PÚBLICA DAS ÁGUAS DO URUMARI

Amanhã (09/05/2014), em Santarém-Pará, acontece a Audiência Pública em defesa do Igarapé Urumari.
Serão discutidas as constantes agressões que vêm sendo cometidas contra o Igarapé Urumari e as perspectivas de recuperação desse importante manancial urbano. Também haverá o lançamento do projeto URUMARI VIVO, da Federação das Associações de Moradores e Organizações Comunitárias de Santarém (FAMCOS). Este projeto é apoiado pelo Fundo Dema na parceria com o Fundo Amazônia.
O Projeto ‘Urumari Vivo’ tem como objetivo diagnosticar a situação atual da área do entorno do igarapé, abrangendo aspectos da qualidade da água, fauna, flora, área de proteção permanente (APP), aspectos econômicos e sociais.  Também pretende construir um mapeamento socioambiental participativo, promover a discussão da problemática do igarapé Urumari, apontando demandas, ações e proposições a sociedade santarena.


Mobilize sua comunidade, seu grupo, sua entidade e junte-se a nós nessa importante causa.
O IGARAPÉ DO URUMARI PRECISA DE NOSSA UNIÃO EM FAVOR DE SUA PROTEÇÃO!
ÀS 19 HORAS, NO ESPAÇO BRAGA ARENA, NA AV. CURUÁ-UNA PRÓXIMO À PONTE-Santarém-PA.

Enviado por Sara Pereira - FAMCOS

'Feminismo e Agroecologia como projeto de sociedade'





Mulheres iniciam primeiro módulo do Programa de Formação ‘Feminismo e Agroecologia’ em Belém do Pará. Uma iniciativa da articulação Mulheres e Agroecologia em Rede, Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata e Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia, redes que fazem parte do GT Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

Com o tema ‘feminismo e agroecologia como projeto de sociedade’ a agroecologia foi debatida para além de mudanças nas práticas agrícolas, mas como um projeto de sociedade democrático e sustentável, de desenvolvimento de comunidades rurais e urbanas.

Participam mulheres do campo, da floresta e da cidade, agricultoras, pescadoras, agroextrativistas, educadoras de vários estados da Amazônia discutindo a importância das mulheres na agroecologia: 'sem as mulheres não tem agroecologia'!

A convergência entre o feminismo, o movimento agroecológico e da economia solidária e a importância das mulheres para romper com o modelo de produção, de consumo e de relação com os alimentos, também faz parte do conteúdo da formação. 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias..... Mulheres maravilhosas que Curam (Parte 01/07-Tia Cida)

Fundo Dema apoia a realização da Oficina “Fundos Comunitários na Amazônia e a Agroecologia” no III ENA




Oficina “Fundos Comunitários na Amazônia e a Agroecologia”

Durante o III ENA, no dia 19 de maio de 2014, de 10 às 12:00 horas, a FASE-Programa Amazônia/Fundo Dema em parceria com a Fundação Ford, realizará a Oficina“Fundos Comunitários na Amazônia e a Agroecologia”.

A Oficina tem por objetivo fomentar o debate sobre os ‘Fundos Comunitários’ que operam na Amazônia e sua incidência na promoção da ‘Agroecologia’ e no fortalecimento dos povos da floresta.
A Oficina contará com a participação das universidades, institutos de pesquisa, organizações comunitárias e movimentos sociais.

Pretende avaliar as experiências apoiadas pelos Fundos na Amazônia do ponto de vista da agroecologia, fomentar o debate sobre indicadores que qualifiquem as experiências na floresta amazônica como as iniciativas de ‘transição’ agroecológica e identificar os principais desafios para a evolução da percepção e práticas da agroecologia na região. Também pretende avançar na estratégia de integração dos fundos comunitários existentes na Amazônia e do fortalecimento da Rede ANA Amazônia.

Público: Representantes de Fundos comunitários (Fundo das Quebradeiras de Coco Babaçu, Rede Bragantina de Artes e Sabores e outras experiências no Brasil), agricultores e agricultoras familiares, agroextrativistas, pescadores/as, indígenas, quilombolas, pesquisadores/as, estudantes, coordenadores/as de projetos, representantes do movimento de mulheres, representantes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), da Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia (RMERA), da Articulação de Agroecologia da Amazônia (ANA Amazônia).

Contamos com sua participação para fortalecer as experiências agroecológicas na Amazônia!!!!

Saudações Agroecológicas!!!!!

terça-feira, 6 de maio de 2014

'O silêncio das abelhas', humanidade em risco

Assentamento agroecológico do MST no Pará comemora 15 anos contribuindo com a segurança alimentar das famílias camponesas

Foto:MST

No Pará, assentamento Mártires de abril completa 15 anos

Da Página do MST:http://www.mst.org.br

A ilha de Mosqueiro, região metropolitana de Belém, sempre foi conhecida como um dos refúgios da burguesia da capital paraense. Juízes, promotores, empresários e políticos da cidade têm mansões e terras na ilha.

No dia 03 de maio de 1999, cerca de 400 famílias ligadas ao movimento ocupam a fazenda Taba (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica) e montam acampamento reivindicando a desapropriação da área. Depois de quatro ações de despejos de forma violenta, em 2001 as famílias conseguem conquistar a terra.

A antiga fazenda, onde antes acontecia degradação do meio ambiente, prostituição e tráfico de drogas, hoje abriga o assentamento Mártires de abril, que completou 15 anos de lutas e resistência.

A festa de aniversário do assentamento contou com a participação de partidos políticos de esquerda, movimentos sociais da cidade de Belém e da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH). Todos acompanharam e se solidarizaram com essa luta desde os primeiros dias de acampamento, em 1999.

“O primeiro resultado positivo é saber que aqui não se passa fome. Aqui se produz macaxeira, feijão, peixe, cupuaçu, açaí, galinha caipira. E isso é muito importante pra gente, pois as pessoas que aqui estão lutam por sua dignidade enquanto seres humanos”, afirma Jane Cabral, da direção do movimento.
 
Lapo: Uma experiência agroecológica

Em 2005 as famílias organizam o Lote Agroecológico de Produção Orgânica (Lapo) a partir de uma concepção do próprio MST através das leituras e estudos a respeito da agroecologia.

O militante Mamede Gomes, assassinado em 2012 no seu lote enquanto trabalhava, foi um dos principais responsáveis pela criação do projeto e um dos homenageados durante a mística de abertura da celebração dos 15 anos do assentamento.

A produção começou com maracujá, hortaliças, macaxeira, feijão até consolidar o Lapo dentro de uma transição agroecológica, produzindo alimentos de forma saudável e diversificada, livre de venenos, agrotóxicos, fazendo a troca de sementes e combatendo a política do monocultivo do Agronegócio.

“Temos a prática de troca de sementes e mudas, intercâmbio com as universidades e pesquisadores, vivência e troca de experiências com estudantes. O Lapo se tornou o legado que o Mamede nos deixou e queremos que ele sirva de exemplo para os nossos outros acampamento e assentamentos”, afirma Teo Nunes, assentada e viúva de Mamede.