quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vejam o Boletim de Maio da ANA AMAZÔNIA, notícias da agroecologia na Amazônia


Boletim ANA AMAZÔNIA Maio 2012
 

REDE DE AGRICULTORES TRADICIONAIS DO AMAZONAS (REATA)
UMA EXPERIÊNCIA AGROECOLÓGICA SUPERANDO DESAFIOS E FAZENDO A DIFERENÇA NA AMAZÔNIA


A REATA teve sua origem em 2005, no município de Presidente Figueiredo-AM. Sua criação se deu em função do desejo de se criar uma organização aberta para agricultores tradicionais[1], que ao mesmo tempo pudesse ser um espaço de capacitação e empoderamento do grupo, a partir de uma proposta de resgatar valores, produzir, gerar e divulgar saberes e conhecimentos sobre o manejo e a preservação dos agro ecossistemas da floresta amazônica, através de processos de comunicação, troca de experiência, aprendizado participativo e extensão rural, visando um estilo de agricultura de base ecológica.
A REATA é composta por agricultores familiares, tradicionais, extrativistas, pescadores, caboclos, ribeirinhos, quilombolas e indígenas do estado do Amazonas. Inicialmente, o grupo era formado por 11 (onze) agricultores de 10 (dez) municípios. Hoje são cerca de 200 famílias de 14 (quatorze) municípios: Tefé, Coari, Codajás, Manacapuru, Manaus, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Maués, Parintins, Presidente Figueiredo, Lábrea, Boca do Acre, Urucará e Silves. Em função das enormes distâncias entre esses municípios, tem-se adotado a estratégia de intercâmbios por núcleos municipais. Além disso, anualmente é promovido um encontro com a participação de todos os membros, em que são abordados temas pertinentes à construção do conhecimento agroecológico, processo participativo, vivência, discussões e reflexões sobre os princípios da Rede e sobre os rumos a serem seguidos. Os encontros também se constituem em momentos de fortalecimento e motivação do grupo, através de troca de conhecimentos, saberes, experiências, sementes e mudas, baseando-se no princípio do “troca-troca”. Além dos intercâmbios em nível municipal, que objetivam manter a interação entre os membros, também são promovidos intercâmbios com agricultores e organizações de outros estados, visando compartilhar conhecimentos e experiências.
Atualmente a Rede conta com o apoio direto do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas-IDAM e da Agência de Cooperação Técnica Alemã-GTZ, além da participação de outras instituições governamentais e não governamentais, sempre com a anuência dos agricultores.


[1] Neste contexto, entende-se Agricultores Tradicionais como aqueles que detêm conhecimentos sobre o manejo da floresta, pois nela vivem e dela retiram o seu sustento, desenvolvendo, portanto, práticas sustentáveis de uso dos recursos naturais.

E mais informes sobre a REATA, dos agroecologistas do Amazonas: REATA IBAM
Enviado por: Rossilan Rocha
Articuladora da ANA Amazônia


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